O Movimento Marajó
Forte criado por moradores do arquipélago em 2011 é conhecido pelas lutas em
defesa do povo marajoara dos 16
municípios e da defesa de ações relacionadas ao desenvolvimento social e
econômico do Marajó. Representantes do movimento foram recebidos na tarde de
ontem (24) pelo presidente da Federação das Associações dos Municípios do
Estado do Pará (Famep), Helder Barbalho. Na audiência, intermediada pelo
prefeito de Breves, Xarão Leão, teve como pleito a intermediação da Famep junto
ao governo federal para a implantação do ensino superior no Marajó.
De acordo com Helder, a Famep se comprometeu a enviar,
nos próximos dias, um ofício ao ministro da Educação, Aloizio Mercadante, e
outro ao senador Jader Barbalho, a pedido do movimento, para que o senador
atenda e represente o movimento em outros pleitos.
Ao ministro Mercadante será pedida audiência com a
Famep e o Movimento Marajó Forte, para tratar da implantação da Universidade
Federal do Marajó. “É importantíssimo que o Marajó tenha sua universidade. Essa
solicitação sempre esteve na pauta de discussões da Famep junto ao governo
federal. Durante os Seminários Regionais para o Desenvolvimento Integrado,
realizado pela Famep, em 2011, fizemos essa solicitação, que foi entregue aos
governos federal e estadual, onde incluímos a Uepa”, afirmou Helder Barbalho.
Na sexta-feira, 21, o movimento foi recebido pelo
reitor da UFPA, Carlos Maneschy, quando foram apresentados os números da oferta
de cursos para a região. Segundo Sidney Gouveia, membro do movimento, são
poucos os municípios que possuem cursos superiores. “Dos 16 municípios do
Marajó, somente Breves, Soure e Salvaterra dispõem deste serviço. No total, são
360 vagas por ano, divididas entre Uepa e UFPA, para atender uma demanda de 487
mil habitantes”.
Durante essa audiência, o reitor da UFPA se
comprometeu a elaborar um projeto da criação da Universidade Federal do Marajó
até agosto de 2013 e reunir em uma audiência os 16 prefeitos do Marajó. “Os
encontros entre o reitor da UFPA e a Famep buscam o mesmo objetivo: somar
forças para realizar este antigo sonho do povo marajoara. O ideal é que mais
cursos sejam ofertados e com isso se amplie esse leque de oportunidades”, disse
Helder Barbalho. O presidente da Famep disse que em maio pediu às ministras
Miriam Belchior e Ideli Salvatti que levassem ao ministro da Educação o pedido
para a criação da Universidade do Marajó e que tratassem o Marajó de forma
diferenciada.