Indignação! Essa é a palavra que resume o sentimento dos
familiares de E.R.A.O., de nove meses, que teve de ser atendido às pressas na
noite de ontem, 29, no pronto socorro do hospital municipal, após passar mal. A
avó Jaimila Gomes da Silva e a tia Patrícia Andréia Sampaio Muniz ficaram revoltadas
quando foram informadas pela auxiliar de enfermagem de que não poderiam aplicar
aerossol na criança devido não ter material esterilizado e estar em falta de
soro fisiológico. Segundo a avó da criança, havia um amontoado de mascaras numa
caixa à espera de esterilização e o equipamento usado no processo estava
quebrado. Segundo ainda a avó, os profissionais que atenderam o menor lhe
aplicaram dois medicamentos e liberaram o paciente sem a assistência do médico
de plantão. Indagado pelos parentes se não deveriam fazer uma inalação no
menor, um atendente que não souberam dizer o nome, os orientou para que
medicassem a criança em casa e que a falta do inalador não iria matar o bebê,
fato que revoltou os familiares já que E.R.A.O. estava agonizando no colo da
tia. “Meu neto estava muito ruim, chegamos ao hospital por volta das 23h e durante
todo esse tempo não apareceu nenhum médico para diagnosticar a criança. É uma
falta de respeito. Ainda vem um atendente ironizar e dizer isso ai não vai
matar ele”, completou Jaimilia se referindo a não aplicação do
inalador.
OUTRO DESCASO É DENUNCIADO
NA CÂMARA
Quem também está indignada é a família do senhor Benedito
Pimenta da Silva, que deu entrada com sintomas cardíacos, por volta das 11
horas do dia 1º de agosto e não teve atendimento imediato, nem do médico que
havia saído para o almoço. Segundo Nilcilene Pimenta, filha de Benedito, houve
demora em autorizar a transferência de seu pai para outro centro médico que possuísse
condições e profissionais melhores para dar diagnóstico do caso. ”Se o paciente tivesse sido encaminhado no
momento em que foi recebido no hospital municipal de São Miguel do Guamá pra cá,
Benedito Pimenta não teria vindo a óbito”, disse a médica do hospital Saúde
da Mulher à Nilcilene. O caso foi denunciado à comissão de saúde da Câmara
Municipal e encontra-se nas mãos do vereador Andrey Monteiro (PDT), que pediu
vistas do relatório do vereador Raimundo do Miteco (PSD), na última sessão da
casa. O caso também ficou de ser encaminhado pela Câmara à Promotoria do
Município.
Ninguém foi encontrado para falar sobre o assunto no hospital
municipal. O Blog está à disposição de qualquer membro da administração para
que, caso queira, se manifestar sobre o publicado.