sexta-feira, 24 de maio de 2013

MARCHA DAS VADIAS SERÁ NESTE SÁBADO


No último domingo (19), 14 mulheres com idades entres 18 e 34 anos estavam reunidas em uma casa no bairro da Bela Vista, região central de São Paulo. Durante pouco mais de duas horas, elas debateram ideias, dobraram folhetos e combinaram os últimos detalhes do evento do próximo fim de semana: a 3ª Marcha das Vadias, que acontece neste sábado (25), em São Paulo, a partir das 12h, na praça dos Ciclistas - assim como em outras cidades do Brasil.
Até pouco tempo atrás, as reuniões eram feitas em lugares públicos divulgados por redes sociais, mas por motivos de segurança, após o grupo sofrer ameaças, os encontros ocorrem em locais "secretos", divulgados apenas às mulheres que entram em contato com o grupo e pedem o endereço. Nos encontros, em que só mulheres são aceitas, não há hierarquia e todas as ações são decididas em conjunto. 
E são nesses encontros que as integrantes planejam a marcha e discutem sobre questões feministas. “A Marcha das Vadias é um movimento político, mas apartidário”, define uma das responsáveis do grupo que reivindica autonomia sobre o próprio corpo e a não culpabilização da vítima pela violência sexual. Em São Paulo, o movimento ocorreu pela primeira vez em 2011.Ano passado, a marcha contou com 2 mil pessoas e assumiu a forma de um coletivo feminista.
O tema desta edição é "Quebre o Silêncio" e o símbolo da campanha é um megafone. O coletivo quer incentivar que as mulheres que sofrem violência sexual denunciem os agressores. Durante o movimento serão distribuídos panfletos com informações sobre a marcha e explicações sobre os diferentes tipos de violência que a mulher pode sofrer e como a denúncia pode ser feita. Além disso, elas vão entregar, somente para as mulheres, cartões com guia de endereços e telefones.
O grupo, que existe há um ano, realiza reuniões quinzenais. Em entrevista ao iG , três integrantes do movimento, Maiara Moreira, Lieli Loures e Samantha Dias comentaram um pouco mais sobre a Marcha das Vadias e sobre a violência contra a mulher, tema da edição deste ano.