quarta-feira, 26 de junho de 2013

OS GESTORES MALVERSAM E O POVO ESQUECE

Ao observar de perto a manifestação de segunda-feira em São Miguel do Guamá verifiquei a ausência de cartazes, inclusive na pauta entregue para o prefeito pelo comando da manifestação, cobrando das autoridades a apuração dos desvios de recursos públicos de gestões passadas. Inclusive, o ato, inibiria a ação dos que assumem um posto já com a intenção de roubar os cofres públicos. Os olhos estavam apenas voltados para a atual administração que, apesar de não ter dito pra que veio ainda, não se pode exigir muita coisa. Hoje, as ações estão principalmente para a PEC 37 que inibe a ação do Ministério Público no poder de investigação criminal exclusiva das polícias federal e civil que foi derrubada ontem pela Câmara dos Deputados com 80% dos votos. Até concordo na manutenção do Ministério público nas ações de investigação, só que deveríamos dar mais poder para suas ações já que diversos processos são questionados nos tribunais superiores sobre as competências legais. Em minha opinião, para dar maior fortalecimento às ações deveria haver a integração dos poderes (MP e Polícias) nas investigações de crimes de improbidades cometidas por agentes públicos, o que se tornará crime hediondo se aprovada proposta pelo Congresso. Outro perigo são as investigações feitas com pressa e que causam prejuízos para a municipalidade e desgastes de pessoas que não tem nada haver com o possível crime. Podemos citar como exemplo a ação do Ministério Público local que fez busca e apreensão de documentos na prefeitura municipal de São Miguel do Guamá, contribuindo para o desgaste da ex-prefeita que perdeu as últimas eleições, o que originou a Ação Civil Pública, Processo 0001503-07.2012.814.0055, onde tinha como requeridas oito pessoas da administração passada e uma empresa. Ao analisar a petição inicial ajuizada pelo Ministério Público, a juíza Priscila Mamede Mousinho, observou que vários fatos estavam postos em deslinde e determinou ao Ministério Público que emendasse a inicial num prazo de 10 dias sob pena de indeferimento na inicial. Consultando o sitio do TJE, a última movimentação do processo foi em 29 de outubro de 2012, portanto, 19 dias após a manifestação da juíza sem que a população saiba, até agora, o rumo desse processo e os muitos que já passaram pela Justiça Municipal.

OPOSIÇÃO CALOU

Pessoas ligadas ao atual governo que participaram das últimas investidas com o único propósito de desgastar a ex-prefeita e sua equipe e trazer benefício para seu candidato, à época, hoje, nem tocam no assunto por participarem das lambanças administrativas ocorridas atualmente. Pelo jeito temem mexer no passado e encontrar algo de errado no presente que poderia ser muito ruim para um governo que ainda nem começou. Outros inclusive vereadores eleitos e reeleitos que participaram das ações que culminaram no afastamento da gestora passada parecem estar inertes ao acontecido e deixam o caso no esquecimento como já estivessem com o “dever cumprido”. As manifestações vão continuar capitaneadas por uma legião de jovens descompromissados com a política partidária e com o propósito de um futuro melhor. Eu já ia esquecendo! Graças a Deus alguns bagunceiros de um sindicato e de um grupo que faz apologia à guerra não participaram da manifestação, fato que tornaria o ato pacífico em vandalismo.