A
incompetência em planejar e executar as conferências realizadas pela
administração atual, aliada a rejeição do gestor municipal são fatores
preponderantes para o esvaziamento dos eventos realizados em São Miguel do
Guamá que vem apresentando um público pequeno que, muitas vezes, são supridos
por alunos convocados de última hora.
A
primeira conferência, a “da Cidade” serviu apenas para a divulgação do Site
institucional da prefeitura que, apesar de ter boa aparência, não trás as
informações em destaque, e isso levou quase toda a manhã provocando a
diminuição em termos de público pela parte da tarde. Até agora não se possui
notícias do Relatório Final que tem por obrigatoriedade ser encaminhado para o
Conselho Estadual e às entidades participantes.
Na
conferência realizada ontem, 13, do Meio Ambiente, concretizada na casa do
prefeito (Cacau Show), apesar do esforço dos técnicos daquela secretaria, não
havia a participação de atores importantes nas discussões. Conforme as
publicações nas redes sociais “não havia a presença de empresários do ramo
cerâmico que são responsáveis pelas jazidas de extração de argilas (matéria
prima do tijolo e telhas) que degradam o meio ambiente”. Uns se arriscavam em
publicar que o assunto em destaque na conferência era apenas “manipulação do
lixo doméstico”. Outros mencionam a indignação da representante do Estado que
falou não “proferir sua palestra pra pouca gente”, fato que gerou um
corre-corre em busca de alunos da UEPA a fim de garantir público.
O
que percebi é que não foram feitos esforços com o objetivo de inovar, fazer
“diferente”, nas estratégias de incentivo de efetiva participação popular. As
conferências devem ser espaços exemplares de participação popular que ocorram
em pelo menos dois dias, de modo a qualificar e aproximar suas deliberações das
reais necessidades da população, e não procurar usar os eventos a fim de repassar a falsa impressão de
que tudo está “às mil maravilhas”.