Não é a primeira vez que o
presidente daquela casa de leis, vereador Paulão, encerra uma sessão por falta
de quorum na câmara de São Miguel do Guamá. Às nove horas em ponto do dia de
hoje o presidente encerrou a sessão já que poucos vereadores se encontravam em
plenário. Enquanto alguns estavam zanzando nos corredores, outros em seus
gabinetes e os mais atrasados batendo papo em frente da câmara. A vereadora Irá
chegou até chamar a atenção do presidente de que estava dentro do horário,
apontando para um relógio que fica atrás da mesa diretora que estavam com os
ponteiros informando 8h:57m, portanto, faltando três minutos para o prazo final
dado pelo presidente. Com a negativa de Paulão de que o relógio “não prestava”
a vereadora ameaçou tirar o relógio da parede, sendo repreendida pelo
presidente. Depois foram chegando os atrasados que tentaram se reunir com o
presidente em seu gabinete para a realização da sessão, em vão.
Nos corredores daquela casa
alguns edis resmungavam dizendo que a atitude do presidente seria em retaliação
a vereadores que reclamavam que o presidente, num passado recente, nunca
começava a sessão no horário. Quem precisou tratar de seus afazeres extra câmara,
saiu de “fininho” rezando para que o presidente não voltasse atrás.
Os vereadores atrasados
resolveram radicalizar: vão entrar com um projeto na câmara para descontar dos subsídios
dos vereadores as faltas não justificadas durante o mês.
POVO RECLAMA
Quem estava nas galerias da
câmara de vereadores ficou perplexo com a confusão que foi o encerramento da
sessão por falta de quorum. Eram muitas as justificativas para não chegar ao
plenário no horário, o que não convenceram as dezenas de pessoas que estavam no
local, maioria da zona rural. “Esses
vereadores tem uma sessão por semana (quatro por mês) e ainda chegam atrasados?
É por isso que o município está como está”,
era o comentário de indignação que se escutava no local.