segunda-feira, 8 de julho de 2013

QUANDO A ASSESSORIA FALHA O MANDATÁRIO PAGA

É costume das administrações dar prioridade no atendimento aos moradores da zona rural devido ao pouco tempo disponível que possuem, principalmente, aqueles que dependem dos ônibus que tem horário para retornar as comunidades. Em São Miguel do Guamá, como eu já havia falado antes “a contra passo”, adota um tratamento diferenciado e cheio de burocracia. Hoje, quando me dirigia ao prédio da câmara municipal fui abordado pelo comunitário conhecido como Demétrio que me falou da dificuldade em ter acesso ao prefeito municipal. Após percorrer 80 quilômetros de sua comunidade Prainha até o centro de São Miguel para resolver um assunto de interesse de todos daquela aprazível comunidade, se dirigiu até a recepção da prefeitura e pediu para ser atendido pelo prefeito e disse ser da distante localidade. Por incrível que pareça, sem antes mesmo de anunciar o comunitário, a recepcionista disse ao sexagenário que “o prefeito só atenderia de posse de um ofício com a reivindicação” e pediu que Demétrio se dirigisse até um cyber e fizesse o documento. Percebendo tal exagero da funcionária os vereadores Pisca e Jairo interviram e levaram o senhor até a presença do chefe de gabinete que também dificultou o acesso.
Cansado de esperar, Demétrio foi até o prédio da câmara e me relatou o acontecido, foi quando eu solicitei ao vereador Jairo Brasil que o levasse até a presença do secretário de infraestrutura doutor Barata que seria a pessoa ideal para solucionar o problema daquela comunidade. De volta, o vereador me informou que o cidadão foi muito bem atendido pelo secretário que prometeu resolver o problema.
Demétrio não é a primeira pessoa que reclama do atendimento no hall de entrada daquela prefeitura. Para alguns o prefeito colocou pessoas que não tem conhecimento de como funciona uma prefeitura e de que forma poderiam atender a população sem ser preciso incomodar o alcaide. Outros dizem que é medo de levar certos problemas ao prefeito com medo de levar um tremendo “carão”. Se for uma coisa ou outra não importa, o certo é que se devem maiores respeito ao cidadão, principalmente os moradores da zona rural, que são os que menos incomodam com os exagerados pedidos e os que mais sofrem com a falta da presença do Estado.

PREFEITO DISSE QUE NÃO SABIA DO CASO
Passadas algumas horas do acontecido, estávamos reunidos na frente da câmara Eu, Pedro Peres e Carlos Costa quando percebemos a aproximação do prefeito Cacau que, educadamente, nos cumprimentou e falou de algumas ações de seu governo. Nesse momento aproveitei para indagar sobre o caso do senhor Demétrio que veio ao centro da cidade para pedir que recuperasse o ramal da entrada da Prainha, nos surpreendendo ao dizer que não sabia de nada e que ninguém o havia falado da presença do Demétrio. O vereador se encarregou de narrar o acontecido. O prefeito disse também que trocou a assessoria que estava atravancando os trabalhos no executivo, mas, pelo jeito, ainda tem que trocar um bocado.

SALÁRIO DE DEZEMBRO

Aproveitei o momento de descontração para perguntar ao prefeito sobre o salário de dezembro das pessoas que atuavam no governo passado. Cacau disse que está tomando todas as providências legais para o pagamento de dezembro, apesar de não ter parecer favorável do Tribunal de Contas dos Municípios-TCM pelo motivo da administração anterior não ter deixado em “restos a pagar” e de não ter encontrado nenhum documento na prefeitura. Só quero informar ao prefeito que as inúmeras pessoas que ficaram sem receber não podem pagar pela irresponsabilidade do governo passado.