quarta-feira, 21 de agosto de 2013

CPI: O QUE PARECIA IMPOSSÍVEL PARA ALGUNS ACONTECEU

Ninguém imaginaria que no governo que transpirava diferença dos demais governos pudesse tão prematuramente sofrer um processo de investigação para apurar possíveis irregularidades na secretaria de saúde. O início da odisseia dos cacauistas que batem no peito que vão promover mudanças e de que “o alcaide enterraria a corrupção no município” não poderiam começar pior. A CPI instalada ontem pelos vereadores mostra que o alcaide e seus seguidores vão ter que percorrer um árduo e duradouro caminho de espinhos que poderá manchar o governo daquele que tentou se mostrar diferente de seus antecessores e não conseguiu. A CPI foi acolhida e poderá trazer à tona coisas que estão imperceptíveis aos nossos olhos, mas possíveis de serem detectados por uma minuciosa investigação. Começar diferente também é assim.

NA CÂMARAO Cadastro Nacional de Estabelecimento de Saúde – CNES é o motivo da criação da Comissão Parlamentar de Inquérito-CPI que irá dizer se houve o cadastramento irregular de profissionais da saúde ou não. Já se sabe que profissionais foram cadastrados e não prestam serviços no município e que seus nomes foram mantidos apenas para não perder os recursos destinados ao programa. Para receber os recursos do SUS para a manutenção do Programa Saúde da Família, segundo as denúncias, a secretaria de saúde mantém atualizado cadastro junto ao Ministério da Saúde indicando os profissionais que integram as equipes do PSF sem que os médicos prestem qualquer atendimento à população. Mesmo assim, a Prefeitura continua recebendo os recursos do programa federal para o pagamento desses profissionais. Essa prática pode ser objeto também de investigação criminal em razão do delito de prevaricação, além de improbidade administrativa. O pagamento para quem não cumpre a jornada de trabalho prejudica os munícipes e constitui ilícito administrativo.

DO FUNCIONAMENTOPassada a fase de assinaturas e acolhimento por parte da Mesa Diretora da Câmara, as lideranças de partidos indicam um de seus membros para irem a sorteios onde sairá os três membros da comissão que tem prazo para escolha de seu presidente e sua instalação.
A CPI é uma investigação transitória levada a cabo por membros do Poder Legislativo, a fim de examinar, em prazo predeterminado, minuciosamente fato determinado, e especial porque seus atos são praticados por agentes políticos.
Sendo o requerimento firmado por, no mínimo, 1/3 dos membros da câmara, o presidente, verificando que o objeto é determinado, independentemente de pronunciamento do Plenário, no prazo de quarenta e oito horas publicará obrigatoriamente a resolução de sua constituição, especificando o fato a ser investigado; os vereadores que a constituirão, observada a composição partidária; o prazo de sua duração, que não deverá ser superior a noventa dias, prorrogáveis, a juízo do Plenário.
Os membros da Comissão são designados pelo Presidente, por indicação expressa e proporcional dos partidos com representação na Casa. Não havendo providências por parte do presidente, proceder-se-á como definido no Regimento Interno, restando, ainda, aos requerentes o apelo ao Poder Judiciário.
Em razão da responsabilidade da Comissão convém que os seus integrantes sejam escolhidos entre vereadores, tanto quanto possível, conhecedores do assunto a ser tratado, não devendo ser dispensado assessoramento técnico.
Conclui-se o trabalho da CPI por projeto de resolução e, havendo fatos diversos, a comissão falará, em apartado, acerca de cada um, de acordo com a Lei 1.579/52:
OUTRAS DENÚNCIASO uso do dinheiro NASF para o pagamento do aluguel do prédio onde funcionava o Demutran que hoje funciona a secretaria de cultura como se sua funcionalidade fosse para o NASF e um Atesto dado em uma Nota Fiscal informando que as obras da Unidade de Pronto Atendimento-UPA já estavam com 20% em andamento, o que viabilizou o repasse da segunda parcela do convênio são outras denúncias que poderão ser apuradas pela Câmara de Vereadores.